terça-feira, 8 de julho de 2014

(...) Trocando em miúdos, pode guardar as sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós. As marcas do amor nos nossos lençóis.
As nossas melhores lembranças.
Aquela esperança de tudo se ajeitar, pode esquecer.
Aquela aliança você pode empenhar, ou derreter.
Mas devo dizer que não vou lhe dar o enorme prazer de me ver chorar.
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago. Meu peito tão dilacerado.

(...) Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade.
Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde.